Moção de apoio aos
estudantes das UNESP de Ourinhos, Marília, Assis e todos solidarizaram com as
nossas lutas.
Nós
estudantes da FCAVR (UNESP Campus Experimental de Registro) dos cursos de Agronomia
e Engenharia da Pesca, deliberamos em assembleia geral realizada no dia 9 de
maio de 2013 e por ampla maioria de votos, manifestar total apoio aos
companheiros que estão em luta por uma universidade pública gratuita e
democrática, de qualidade e a serviço do povo. Apoiamos em especial Ourinhos,
Marília e Assis que já se encontram em greve e aos que cogitam a ideia de
compor futuramente ou realizar paralisações e debates em seus respectivos
Campi. Entendemos que a luta pela permanência estudantil, contra o PIMESP e a
precarização da educação é uma pauta comum entre todos os Campi da UNESP e
demais universidades do estado de São Paulo, portanto, viemos por meio desse
manifestar nossa solidariedade e exigir o cumprimento das pautas e
reivindicações de cada Campus imediatamente.
A universidade pública vem se deteriorando e
os frequentes ataques as condições de permanência estudantil forçam os poucos
estudantes que conseguem passar pelo filtro social e elitista imposto pelo
vestibular a abandonar seus cursos devido a dificuldade de se manter dentro da
universidade. Sendo este um segundo filtro social que os obriga a desistir dos
estudos por não terem condições de garantir o pagamento da própria alimentação,
moradia e outros recursos necessários para sobrevivência.
Nos
últimos anos novos cursos foram criados em campus espalhados pelo Estado,
através da lógica em que o governo juntamente com a reitoria da UNESP possam
expandir vagas para lugares em que antes não havia uma universidade local ou
próxima. Porém essa expansão tem sido feita sem qualquer cuidado, sem estudos específicos
da região, das proximidades e das necessidades das populações ao redor, além de
ser aplicado num formato totalmente precarizado que cria universidades de
segunda linha ao mesmo tempo que não garante permanência aos estudantes. Esse
caso se repete em nosso Campus, onde em março desse ano iniciou-se o curso de
Engenharia de Pesca sem um quadro completo de docentes contratados, nem
estrutura de laboratórios e acervo bibliográfico condizentes, além de outros
problemas comuns a outros Campi da UNESP, listando-se novamente a ausência de R.U, moradia estudantil e a falta e atraso de
bolsas de auxílio.
Além
da precarização e abandono das universidades estaduais, o Governo do Estado
apresenta um atestado de falência do ensino público básico e médio, transferindo
a consequência desta falta de qualidade aos estudantes através do PIMESP (Programa de inclusão com
mérito no ensino superior público paulista),
um programa de caráter racista, segregacionista e precarizante que reforça a
elitização educacional existente dentro da nossa universidade, tornando ainda
mais burocrática e dificultosa a entrada dos filhos da classe trabalhadora.
Por esses e outros motivos que nós do
Movimento Estudantil da FCAVR/Registro acreditamos na luta contra a falência do
sistema de ensino público de base e da precarização da Universidade pública,
bem como na luta por melhores condições de permanência estudantil, repúdio ao
PIMESP e por apoio a greve dos professores da rede pública estadual.
Reivindicamos o cumprimento imediato do compromisso da Reitoria da UNESP e do
Governo do Estado de garantir condições dignas de permanência estudantil e
demais pautas colocadas pelo movimento.
Além
disso, estamos comprometidos a trazer o debate para nossa realidade visando
reforçar a necessidade de expandi-lo ao nível estadual e nacional de forma a
agregar o maior número de estudantes, docentes e técnicos administrativos que
compreendem a necessidade de uma reforma educacional que atenda as reais
necessidades da classe trabalhadora e da sociedade.
Registro,
23 de maio de 2013.
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